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Rendas prime nas principais cidades globais aumentaram 3,1% em 2011

Rendas prime nas principais cidades globais aumentaram 3,1% em 2011

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O Índice Global de Arrendamento Prime da Knight Frank (Knight Frank Prime Global Rental Index) registou o seu pior desempenho nos dois últimos anos.
De acordo com um estudo da Knight Frank, divulgado pela Worx, as rendas prime de habitação nas principais cidades globais aumentarem em 3,1% em 2011, mas assistiram a um crescimento marginal de apenas 0,3% no último trimestre.

O Índice Global de Arrendamento Prime da Knight Frank (Knight Frank Prime Global Rental Index) registou o seu pior desempenho nos dois últimos anos.

Nos últimos três meses, muita coisa mudou no cenário económico global. No quarto trimestre de 2011, os planos de reestruturação da dívida da Grécia pesaram na balança, os países mediterrâneos europeus reviram em baixa as previsões económicas já de si pouco animadoras e os sinais de qualquer recuperação nos Estados Unidos da América pareciam distantes. É neste enquadramento que as rendas prime nas principais cidades globais estão a lutar e se debatem nos últimos três meses.

Com uma economia fragilizada no final de 2011, a procura empresarial enfraqueceu e diminuiu os custos para relocalizações, reduzindo desta forma o volume de arrendamento em muitos mercados. Esta é uma das razões que ajuda a explicar porque é que os centros financeiros de Londres, Zurique e Hong Kong assistiram a uma queda do crescimento trimestral, passando dos 0,9%, 3,3% e 1,8% no terceiro trimestre para -0,4%, -3,2%, e -1,0% respetivamente no quarto trimestre.

Na Ásia, as flutuações da procura por parte dos expatriados tem tido influência. Thomas Lam, Head of Research of Greater China da Knight Frank acredita que “o mercado de arrendamento de Xangai e de Pequim permaneceu forte em 2011 graças à procura sustentada de expatriados e à oferta reduzida. Se compararmos, as rendas em Hong Kong abrandaram com o declínio da procura de expatriados e a cidade ressentiu-se com a redução de custos das empresas e com a diminuição de operações de arrendamento.”

A performance excecional de Nairobi, que fez com que ocupasse o topo do ranking em 2011, é atribuída ao recente crescimento económico do Quénia e ao aumento da classe média, muitos dos quais incapazes de aceder ao crédito à habitação. Existem apenas 14.000 créditos à habitação no Quénia, um país com uma população de quase 39 milhões.

O desempenho entre Moscovo e Nova Iorque foi distinto. As rendas em Moscovo desceram cerca de 10% o que contrasta com o aumento próximo de 3% em Nova Iorque. A recessão em Moscovo deveu-se largamente a um período frenético no final de 2010 em que as rendas aumentaram cerca de 7% num trimestre. No entanto, a correção do mercado encontra-se em curso e é expectável que as rendas estabilizem no final de 2012.

Nova Iorque registou o maior crescimento trimestral com rendas a aumentarem cerca de 2,6%. Os senhorios têm a agradecer a taxa de emprego e as instituições financeiras. Segundo Jonathan Miller da Knight Frank, “o crescimento do arrendamento tem sido impulsionado pelo apertado mercado hipotecário, inalterado desde o ano passado e que está a empurrar potenciais compradores para o mercado de arrendamento”.

Assumindo que a crise da Zona Euro se desenrole de acordo com as expetativas do Banco Central Europeu e que a economia global comece a ganhar alguma tração significativa, espera-se que as rendas prime na China continental e na América do Norte continuem a assistir a um crescimento contínuo. As perspetivas da Europa são menos claras. O crescimento futuro, principalmente nos centros financeiros de Londres e Zurique estará fortemente dependente da saúde dos respetivos mercados de trabalho.
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